segunda-feira, 1 de novembro de 2010

A leter to Elia


Scorcese e Kazan
 "Para o diretor Martin Scorcese, crescer no bairro de Little Italy, em Nova York, assistindo a Sindicato de Ladrões(1954) e Vidas amargas(1955) quando jovem foi uma experiência que mudou sua vida. Martin Scorcese apresenta ap espectador a vida de Elia Kazan(1909-2003) através de sua própria vida, e por sua percepção de que havia um artista atrás das câmeras, alguém "que me conhecia, talvez mais do que a mim mesmo". O cineasta fala sobre estar exposto aos filmes certos na hora certa em sua vida adolescente, quando se está aberto e pronto para trocar informações; ser estimulado pelo trabalho na tela e então, talvez, traçar planos para fazer seus próprios filmes." (Resenha retirada do catalago da Mostra Internacional de cinema de São Paulo)



Elia Kazan
  Uma carta para Elia(2010), roteiro e direção por Martin Scorcese e Kent Jones, definitivamente não é um filme dito "de circuito", nem acredito que a intenção de Scorcese fosse essa. O filme é um agradecimento de Scorcese a Kazan por todos os filmes fantásticos e de uma sensibilidade inigualáveis por ele feitos.

Scorcese nunca tentou explicar para Kazan, quando este estava vivo, o quão importante seus filmes haviam sido em sua adolescência pois sabia que Kazan nunca poderia entender a importância de seus filmes para ele.



1999 - Lifetime achievement Oscar
 Os filmes de Kazan foram tão importantes para Scorce principalmente pois ele era capaz de se reconhecer nos filmes, além de reconhecer pessoas comuns do seu bairro. As pessoas, o modo de falar, de vestir, de agir, as situações, tudo nos filmes de Kazan o remetiam a vida real. Isso o intrigava demasiadamente, no filme ele conta que chegou a perseguir o filme Vidas Amargas, o filme saia de um cinema para outro e lá estava ele atrás do filme.

O filme é também uma declaração de amor à grande arte chamada cinema. É emocionante ver um grande diretor como o Scorcese falando de forma tão humilde e tão aberta. Você sai do filme quase acreditando ser um amigo intimo de ambos.

Um comentário:

  1. Tão talentoso como artista e tão medíocre e amoral como cidadão, delator covarde e mercenário, eis Elia Kazan, ex militante comunista que entregou seus ex companheiros a um comitê que perseguia artista simpatizantes do marxismo e ainda tentou se justificar em filmes como Sindicato de Ladrões (excelente por sinal) criando personagens delatores em prol de um bem maior.

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