sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

Para quem perdeu a Mostra de Cinema

Se você perdeu a Mostra de Cinema os filmes você não conseguirá ver tão cedo, no entanto saíram os vídeos das entrevistas e debates que aconteceram na Mostra, se você não foi em nenhum, não foi em algum que queria ir, ou quer rever algum momento: os videos estão todos no site oficial da mostra.

Segue o link: http://br.mostra.org/videocasts#vinheta


Alan Parker na FAAP


Win Wenders



Avedikian, Alan Parker e Michael Ciment




terça-feira, 7 de dezembro de 2010

Brincar de ser adulto

                                        "A vida é muito importante para ser levada a sério."
                                                                    Oscar Wilde





Temos o péssimo habito de romantizar o passado e o futuro, geralmente demonizando o presente. Somos eternamente nostalgicos quando o assunto é infância. Quando olhamos para trás só nos lembramos da parte boa: os desenhos, o carinho dos pais(o clássico cafuné e a histórinha antes de dormir,as músicas, os filmes, as brincadeiras,...).

Olhando agora, parece o paraíso, mas era horrível não poder ver certas coisas, não poder ouvir outras, ser sempre o ultimo a saber das coisas, não ter poder de votação(relevante) nas decisões familiares, ter as "pessoas grandes" subestimando a sua inteligencia, para alguns anos depois superestima-la, achando um absurdo você não  saber o que é alguma coisa aos 8 anos de idade...Lembra-se que no fim tudo o que você queria era ser adulto logo? Enquanto você sonhava acordado querendo ser adulto, seu irmão ou irmã mais velhos, seus pais, tios(os "adultos") olhavam para você e invejavam a sua vida, muitas vezes falando em voz alta que a "sua vida que era vida" e enunciavam as vantagens da infância... Lembra que nessas horas você ficava se mordendo de raiva? Como eles podiam não perceber que a maior parte das suas brincadeiras consistiam em "brincar de ser adulto"?
"Mar de rosas"

Quando ficamos adultos tendemos a ver a infância como um mar de rosas, quando ficamos idosos tendemos a ver a infância e a vida adulta como tal, e na infância vemos a vida adulta como um mar de rosas! Mas nem tudo são rosas na vida, a vida é na verdade uma roseira, portanto tem espinhos, tem beleza e dor.

Claro que o grau da dor é diferente, a dor de uma criança em comparação com a dor de um adulto parece irrelevante, mas há que se lembrar que as belezas da vida adulta tendem a ser maiores. Considere a infância como um botãozinho de rosa; a vida adulta como uma rosa.. cada vez mais linda, mas assim como a vida acaba a da rosa também. E assim como a roseira fica lá quando uma rosa morre, o mundo continua aqui quando nós morremos.

Quando estamos demasiado próximos tendemos a olhar os espinhos, esquecendo-nos das rosas. E quando estamos distantes olhamos só as rosas, esquecendo os espinhos. Uma questão de perspectiva: ver somente as rosas não significa que não hajam espinhos; Ver somente os espinhos não significa que não hajam rosas.

Cultive o jardim da sua vida com coisas boas, não deixe que os espinhos lhe turvem demasiadamente a visão de modo a ignorar as rosas que a vida lhe dá. Se a sua vida adulta te deixa entediado, e você vive nostalgico relembrando da infância, ou imaginando o futuro, por que não tenta brincar de ser criança para brincar de ser adulto com a euforia de outrora, tenho certeza de que sua vida adulta não parecerá nem um pouco chata. Talvez seja o segredo para ver além dos espinhos, não que você fizesse isso quando era criança, mas você pode fazer isso agora, olhando através dos seus olhos de infante a vida que tem hoje.

histórias em quadrinhos







ah, as histórias em quadrinhos. mesmo, desde que me conheço por gente, eu gosto.
lembro-me que meu pai também gostava, mas ele nunca disse isso para mim. o que ele fez foi me apresentar aos 8 anos a uma caixa cinza e branca que ele guardava no quartinho de casa. essa caixa, que eu costumava chamar de caixa de tesouro, estava repleta de histórias em quadrinhos dos anos 50, 60, 70 e 80.
eu me lembro que mergulhei naquilo como se fosse realmente um grande tesouro. e para mim não havia como não ser. eu tinha (acho que ainda tenho) muita imaginação, então as histórias do Tio Patinhas, do Pato Donald, Peninha e do Lampadinha me tomavam de assalto sempre. Era ótimo!
eu arrumava aquela caixa e desarrumava. todos os dias.
lembro-me que um dia distribui todos os quadrinhos na cama de casal dos meus pais. uma cama que tinha uma madeira escura de cabeceira e um colcha felpuda. as revistas iam afundando na colcha e aquilo se tornava a minha sala de aula.
eu era a professora e os quadrinhos tinham cada um o seu lugar e eu perguntava:
- quem tem uma história pra me contar hoje?
e lia uma história dos quadrinhos dizendo:
- muito bem, pato donald, que história boa!
eu fui muito feliz. muito mesmo.
e os quadrinhos, junto com o cinema que eu ia sempre, se tornaram minhas paixões.
lembro-me do cheiro das revistas, do cheiro do cinema, do prazer que eu sentia em ver os filmes e ler as revistas.
eu as guardei. não todas porque algumas de tanto eu brincar, acabaram por estragar. mas guardei algumas e esses dias meu pai me deu outras mais que ele tinha guardado.
- essa são dos anos 50, Lídia. Tenho certeza que você fará bom uso.
a primeira do mickey e outras raridades como a revista proibida do zé carioca, que por ser ditadura, foi censurada no Brasil.
enfim.
as férias eram as mais esperadas: meu pai nos levava a um sebo na cidade e comprava "Almanacão da Turma da Mônica". Já lido, mas não deixava de ser legal de ter, de ler, de passar as férias vendo, pintando. era o mais esperado...
e eu agora eu edito a revisa Café Espacial, junto com meu grande amigo Sergio Chaves. Um revista de: cinema, quadrinhos e literatura.
pode?
essa vida é mesmo incrível.
e eu continuo admirada cada vez que leio algo bom nessa área. como "Maus", "Sete Vidas", "Retalhos", "12 Razões para amá-la" e tantos outros que preenchem minha vida, meu imaginário.
Fora os clássicos: meu primeiro salário da vida foi para o livro da Mafalda, capa dura, coleção completa. Calvin e Haroldo tenho todos. Assim como os do Henfil, do Recruta Zero, do Charlie Brown e os de Charges do Benett, do Angeli, do Laerte.
enfim, não dá para numerar. mas dá para dizer que é um grande alívio saber que o que eu tinha de mais legal na minha infância me acompanha até hoje: os quadrinhos? o cinema?
também.
mas principalmente a paixão. é por isso que levantamos da cama de manhã. por paixão.
e no meu caso, pela paixão por algo tão genuíno meu.



=D

domingo, 5 de dezembro de 2010

100 Sonhos para os próximos 5 anos

Essa semana estava lendo o livro: Mais Tempo, Mais Dinheiro(Gustavo Cerbasi e Christian Barbosa), no livro eles propõe, em resumo, que nos planejemos mais e melhor, planejemos nosso tempo, nosso dinheiro, nossos sonhos, etc... Tendo a qualidade de vida como prioridade.

Todos queremos vencer na vida, mas poucos são os que planejam, que colocam no papel o que querem, que se organizam para vencer. Não sei se foi no livro ou em outro lugar que li que você nunca verá uma pessoa que venceu na vida(que além de dinheiro tem qualidade de vida) desorganizada.

Leiam o livro! Não é um livro de auto-ajuda(no mal sentido da palavra) é uma verdadeira escola de como fazer da sua vida mais agradável e mais próspera. O livro propõe exercícios muito interessantes, um deles consiste em fazer uma lista de 100 sonhos que deseja realizar nos próximos 5 anos, eles disseram que era mais difícil do que parecia, e de fato, é difícil mesmo.O mais interessante desse exercício é que daqui 5 anos(ou menos, se conseguir realizar todos os sonhos em menos tempo) você fará uma nova lista, com novos sonhos.

Já vi muitas listas de: "Coisas que você deve fazer antes de morrer"; mas a ideia dessa lista me parece muito mais agradável, primeiro que é a curto prazo, e você se programa pra realizá-los logo dando lugar a novos sonhos, enquanto que a lista de coisas para fazer antes de morrer você acaba adiando, adiando, pois afinal tem a vida toda para realizá-los, além de correr o risco de morrer sem chegar ao fim da lista.

Quando não colocamos nossos sonhos no papel eles se transformam ou não nos damos conta quando o realizamos, colocá-los no papel não nos deixa esquece-los. Outra vantagem é o gostinho de vitória a cada sonho "ticado" da lista. Proponho então que façam uma lista dos 100 sonhos que desejam realizar nos próximos 5 anos.