A arte [de um crítico] exige de quem a exerce um talento extraordinário, memória emocional, conhecimento e qualidades pessoais. É muito raro encontrar todas estas qualidades reunidas numa única pessoa, razão pela qual são tão poucos os bons criticos.
Antes de mais nada, um crítico deve ser um poeta e um artista, para que possa julgar a produção literária do dramaturgo e a forma original e criativa que o ator deu a mesma. Um crítico deve ser absolutamente imparcial, para que suas opniões possam inspirar confiança." (C. Stanislavski - My life in Art)
Michel Ciment |
No documentário Win Wenders fala que em um festival como o de Cannes, depois da primeira entrevista, já é possível saber todas as perguntas das 200 entrevistas seguintes, até que Michel Ciment chega, ele sempre tem perguntas sagazes, fugindo ao óbvio.
Ciment é também um grande apreciador de outras artes, como pintura, literatura, teatro, música, seu sucesso como crítico se deve a isso, pois ele não desvincula uma arte de outra. Também escreveu alguns livros sobre grandes diretores que marcaram a história do cinema: Kazan par Kazan(1973), Stanley Kubrick(1980),
Theo Angelopoulos (1989), Fritz Lang: le meurtre et la loi (2003), entre outros.
A lição que Ciment nos dá é que tanto criticos quando leigos devem se permitir amar o cinema, e não só o cinema, mas todas as formas de arte.
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