domingo, 16 de janeiro de 2011

Primeiras Impressões Sobre o Cinema Espanhol


Penélope Cruz em Volver(Almodovar)
 Além de alguns cursos e muita leitura tenho aproveitado as minhas férias para ver filmes, particularmente os filmes espanhóis, e não importando a data de filmagem, o diretor ou o enredo eu encontrei um fator em comum entre os filmes espanhóis que vi até agora: a paixão.

Ao ver os filmes espanhóis eu vejo uma verdadeira paixão pela vida neles, pode ser que eu esteja enganada e que na realidade seja completamente diferente, mas a impressão que eu tenho quando assisto um filme espanhol é que eles realmente amam a vida mais do que tudo e procuram vivê-la o mais intensamente possível. Parecem viver intensamente cada segundo, do mais banal até o mais "importante".

Tango(Carlos Saura)

Nós brasileiros adoramos dizer que sabemos viver a vida, que somos bem humorados e tornamos isso nossa assinatura, nosso passaporte, mas nós na verdade temos um humor negro, enquanto tragédias acontencem, fazemos piadas; tratamos a política, a fome, as diferenças sociais como piadas. Mas mais do que isso: tratamos nossas próprias vidas como piadas. Fazer piadas com a própria desgraça não é viver intensamente. Levar uma vida bohemia não é vivê-la intensamente. Embora no Brasil pense-se que sim.

Diferente dos brasileiros os espanhóis parecem viver com intensidade cada  segundo, se estão tristes eles vivem essa tristeza, assim como vivem a alegria, se estão apaixonados eles vivem a paixão. Acho que a diferença está no "entregar-se à vida". Fazendo uma anologia gastronômica em homenagem ao filme espanhol que vi ontem no cinema(Dieta Mediterrânea), os filmes espanhóis parecem ter um tempero a mais do que os brasileiros.
Dieta Mediterrânea(Joaquín Oristrell)
 Não que os brasileiros sejam ruins, muito pelo contrário, estão cada vez melhores, talvez o que esteja faltando seja o mesmo que falta na culinária brasileira: um pouco de tempero. Existem tantos temperos fantásticos, e nós usamos praticamente só o sal!

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