Penélope Cruz em Volver(Almodovar) |
Ao ver os filmes espanhóis eu vejo uma verdadeira paixão pela vida neles, pode ser que eu esteja enganada e que na realidade seja completamente diferente, mas a impressão que eu tenho quando assisto um filme espanhol é que eles realmente amam a vida mais do que tudo e procuram vivê-la o mais intensamente possível. Parecem viver intensamente cada segundo, do mais banal até o mais "importante".
Tango(Carlos Saura) |
Nós brasileiros adoramos dizer que sabemos viver a vida, que somos bem humorados e tornamos isso nossa assinatura, nosso passaporte, mas nós na verdade temos um humor negro, enquanto tragédias acontencem, fazemos piadas; tratamos a política, a fome, as diferenças sociais como piadas. Mas mais do que isso: tratamos nossas próprias vidas como piadas. Fazer piadas com a própria desgraça não é viver intensamente. Levar uma vida bohemia não é vivê-la intensamente. Embora no Brasil pense-se que sim.
Diferente dos brasileiros os espanhóis parecem viver com intensidade cada segundo, se estão tristes eles vivem essa tristeza, assim como vivem a alegria, se estão apaixonados eles vivem a paixão. Acho que a diferença está no "entregar-se à vida". Fazendo uma anologia gastronômica em homenagem ao filme espanhol que vi ontem no cinema(Dieta Mediterrânea), os filmes espanhóis parecem ter um tempero a mais do que os brasileiros.
Dieta Mediterrânea(Joaquín Oristrell) |
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